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Conheça Mais sobre os Tipos de Nutrição

Conteúdo desenvolvido com apoio científico do Instituto Vencer o Câncer e Dr. Eduardo Rauen*

Os alimentos que consumimos, são divididos em dois grandes grupos: macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são basicamente proteínas, gorduras e carboidratos. Já os micronutrientes, são as vitaminas e minerais. E quando ocorre uma falta desses nutrientes, ocorre o que chamamos de desnutrição.

Conheça Mais sobre os Tipos de Nutrição

Os alimentos que consumimos, são divididos em dois grandes grupos: macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são basicamente proteínas, gorduras e carboidratos. Já os micronutrientes, são as vitaminas e minerais. E quando ocorre uma falta desses nutrientes, ocorre o que chamamos de desnutrição.

Muita gente não imagina, mas a desnutrição é um problema sério e que afeta muitos pacientes. A Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral estima que 30% dos pacientes internados podem se tornar desnutridos nas primeiras 48h de internação. O risco de desnutrição pode chegar a 45% se o tempo de internação chegar a uma semana. Nos pacientes oncológicos, esse problema não ocorre apenas na internação, uma vez que fatores próprios da doença acabam agravando esse caso. 

Seja por questões psicológicas associadas ao diagnóstico, pelo tipo ou localização de tumor e até pelos efeitos colaterais de alguns medicamentos como enjoo, vômitos, mucosites, diarreia e a própria perda de apetite, além da intolerância a certos tipos de alimentos, os quadros de desnutrição são bastante comuns. As pessoas perdem peso, nutrientes, massa muscular, sentem muita fraqueza e esses elementos todos podem levar a uma interrupção do tratamento, o que certamente não é desejado. 

Por isso, é importante que cada paciente seja acompanhado de perto e que o médico, seja o oncologista ou nutrólogo, junto com a equipe multidisciplinar,  façam um acompanhamento específico para cada um e que busque a melhor forma de conciliar esses problemas citados com uma alimentação balanceada adequada e que dê suporte para seguir em frente em boas condições para enfrentar os desafios que a doença oferece. 

As escolhas que devem ser feitas passam pelo tipo de alimentação: oral, enteral e parenteral e dependem das condições clínicas e nutricionais de cada pessoa, do tempo de internação, da gravidade do caso, e do tratamento.

A alimentação oral (por boca), deve ser rica em alimentos de origem vegetal, como  frutas, verduras, legumes, feijões, cereais integrais, proteínas variadas como peixe, frango, ovos e pouca carne vermelha, além de evitar as bebidas prontas como sucos e refrigerantes os quais possuem alto teor de açúcar, bem como os alimentos que são ultraprocessados e, é claro, as bebidas alcoólicas. Sempre descascar mais e desembrulhar menos, é uma dica para saber de forma simples o que devemos sempre priorizar no dia a dia. 

Vale ressaltar que, em alguns casos, mesmo com uma alimentação oral, o paciente pode necessitar de uma complementação, seja ela enteral ou parenteral, nesse caso, em não havendo integridade do aparelho digestório.

A alimentação enteral é aquela ofertada por meio de sonda flexível colocada no nariz que libera a dieta diretamente no sistema digestório, ou então por meio de tubo posicionado diretamente no estômago ou intestino. Nesses casos, o paciente recebe todos os nutrientes de que precisa, de acordo com seu quadro geral e necessidades específicas.

A alimentação parenteral é aquela aplicada via endovenosa. Deve conter todos os nutrientes essenciais para uma dieta. Novamente é indicada caso a caso, levando-se em consideração todo o quadro do paciente e suas necessidades.

Quando falamos em alimentação saudável, devemos ter em mente que alguns tipos de alimentos devem ser evitados, como açúcares, frituras e bebidas alcóolicas, além dos embutidos e em especial gorduras trans.

Isso vale para todas as pessoas em geral, não somente para aqueles com diagnóstico de câncer ou outra doença, assim como, para prevenção de outras moléstias.

 

Formas de Alimentação/Nutrição

Alimentação oral

A dieta via oral ocorre quando a alimentação do paciente é feita pela boca. Os pacientes oncológicos muitas vezes perdem o apetite e/ou sentem náuseas e desconfortos. O próprio estado psicológico associado ao diagnóstico de um câncer pode levar à diminuição do apetite e, às vezes, até mesmo o tipo de tumor interfere nessa condição.

É importante que o paciente se mantenha bem nutrido para que a falta de apetite não leve, por exemplo, à interrupção no tratamento. O ideal é buscar um equilíbrio entre o que a pessoa deve idealmente comer, o que ele gosta e o que consegue comer.  Nem sempre é uma tarefa fácil, por isso, um profissional especializado, como o nutricionista ou médico nutrólogo pode ser importante para garantir o bem-estar e indicar a melhor dieta.

Em alguns casos, é necessário que haja outra via de administração para complementar a nutrição, dependendo das necessidades de cada paciente.

Essa terapia nutricional complementar deve ser instituída, preferencialmente por acesso enteral, nas primeiras 24-48 horas de internação, quando necessário, especialmente em pacientes desnutridos e/ou com catabolismo intenso, e quando não houver previsão de ingestão oral adequada em 3 a 5 dias.

Enteral

A alimentação enteral é oferecida ao paciente que não pode ou não consegue se alimentar completamente pela boca. Neste caso, a ingestão dos alimentos é feita por meio de uma sonda.

A terapia nutricional enteral compreende um conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, por meio da ingestão controlada de nutrientes. O objetivo dessa terapia é oferecer nutrientes necessários, sendo a primeira opção de escolha na prevenção da desnutrição hospitalar, na impossibilidade de se implementar a ingestão oral.

A vantagem dessa terapia é que ela é bem tolerada pelos pacientes, além de possuir um menor risco de aspiração, diarreia, náuseas e vômitos e possibilidade de fornecer maior aporte energético, tendo em vista que os componentes dessa dieta são altamente absorvidos.

O paciente recebe a dieta completa, na forma líquida, por meio de uma sonda nasogástrica, que é colocado pelo nariz e vai até o estômago ou pela sonda nasoentérica, neste caso pelo nariz até o intestino delgado. Quando o tempo de permanência da sonda for longo, ou quando o acesso nasal for de grande incômodo, a dieta enteral pode ser administrada por meio de tubo posicionado diretamente no estômago ou intestino.

O composto deve ser preparado com todos os nutrientes, ou seja, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água que são essenciais para que a pessoa receba uma alimentação equilibrada e se mantenha nutrida.

Parenteral

É a alimentação administrada via endovenosa, ou seja, diretamente na veia do paciente.

Ela é dividida em nutrição parenteral central ou periférica.

A nutrição parenteral central é feita através de grandes vasos, veias de grande diâmetro, introduzindo o cateter na veia subclávia ou jugular interna, que chega diretamente no coração. Já a periférica, a nutrição é administrada através de uma veia menor, geralmente na mão ou no antebraço.

Na nutrição parenteral completa, todos os nutrientes essenciais devem ser fornecidos em quantidades adequadas onde inclui carboidratos, gorduras, aminoácidos, eletrólitos, minerais ou oligoelementos e vitaminas.

Pode ser total ou parcial, sendo que o composto de cada dieta é definido pelo médico de acordo com as necessidades de cada paciente.

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*Texto desenvolvido com o apoio científico:

Instituto Vencer o câncer
Dr. Eduardo Rauen
Dr. Eduardo Rauen
  • Médico Nutrólogo (RQE 72266) e médico do Exercício e do Esporte (RQE 79509);
  • Membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Responsável técnico do Instituto Rauen;
  • Professor de pós-graduação de medicina do Exercício e do Esporte da HZM;
  • Colunista da revista Veja on line no blog Letra de médico;
  • Colunista da área de saúde da Revista Forbes;
  • Colunista de O Globo, na área da saúde.
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