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A volta ao convívio social e ao trabalho depois do tratamento de câncer

“Suporte de família e amigos fortalece, facilita as coisas. Mas é preciso trabalhar a cabeça e colocar o foco no que é necessário fazer”.

A volta ao convívio social e ao trabalho depois do tratamento de câncer

Depois do tratamento de câncer, voltar ao trabalho e a conviver com quem se relacionava antes, pode exigir ajustes e paciência. É possível que se canse ou tenha dificuldade de concentração no início. Além disso, é importante pensar sobre o que e o quanto quer compartilhar sobre o câncer e planejar como lidar com as reações negativas de quem sabe ou venha a saber de algo, como intromissão e afastamento.1,2

Recomeçar a trabalhar após o tratamento de câncer exige planejamento

Quando o médico liberar a volta ao trabalho depois do tratamento de câncer, é importante conversar com o empregador sobre a possibilidade de recomeçar gradativamente. Como um horário menor inicialmente ou uma parte do trabalho em home office. Também deve ser negociada flexibilidade de horário para ir em eventuais consultas.2,3

Além disso, pequenas mudanças podem ajudar na readaptação ao trabalho, por exemplo: fazer pausas curtas ao longo do dia - de 5 a 10 minutos a cada hora - para manter a energia; usar alarmes para lembrar de compromissos e tarefas; e até contar com a ajuda de um colega durante a primeira semana de retorno para se atualizar e voltar ao ritmo.2,3

Experiências de convívio social e trabalho de pessoas com câncer

Apesar das mudanças, inclusive de cidade por causa do tratamento, Maria Elisa procurou manter uma postura positiva e o convívio mais próximo possível com amigos, família e filhos. “Não me faltou nada, assistência médica, suporte da família e amigos - inclusive alguns já haviam passado por situação parecida. Tudo isso fortalece, facilita as coisas, embora eu tenha tido momentos de baixo astral. Mas é preciso trabalhar a cabeça e colocar o foco no que é necessário fazer. É horrível sentir pena de si próprio”.

A personalidade expansiva e comunicativa de Maria Elisa a ajudou a manter, na medida do possível, seu jeito habitual de se relacionar desde o início do tratamento em uma clínica. “Como lá também havia a parte de reabilitação, convivi muito com pessoas em momentos diferentes da doença e profissionais de várias áreas. Por causa disso, acabei indo a diversos lugares com eles, além de me integrar às atividades da clínica”.

Quando teve câncer, Maria Elisa já estava aposentada, mas tinha outra atividade na Associação Atlética, um clube da sua cidade. Lá, também falou sobre a doença desde o começo e conta que recebeu todo o apoio. “Não voltei para o clube devido à rotina puxada de cuidados do tratamento. Mas, hoje, estou envolvida com outra atividade, que é minha. A doença me fez olhar para mim, cuidar de mim. Estou me colocando em primeiro lugar e vivo cada momento como se fosse o mais importante”.

Já Debora Evellyn teve que se afastar do convívio próximo com os amigos por causa do tratamento. Também foi necessário interromper a faculdade e o trabalho. “A doença e o próprio tratamento debilitam a gente. Nas seções de quimioterapia, por exemplo, apesar de todos que estavam se tratando manterem um clima descontraído e de brincadeiras, a gente nunca sabia como ia se sentir depois em relação ao cansaço, enjoos... Além de ser preciso evitar lugares com muita gente pelo risco de infecção”.

Mas, mesmo assim, tão logo se sentiu melhor, ela insistiu com o médico que a acompanha para voltar à faculdade. “Toda vez eu falava: quero voltar, quero voltar! E ele não deixava. Até que uma hora cedeu e me disse: ‘tudo bem, pode voltar. Mas você vai ter que tomar cuidado redobrado para não ter uma infecção’. Então, eu voltei e uso até máscara para ir às aulas. Mas não foi fácil, enfrentei muito preconceito de várias pessoas. Tem gente que até acha que estou me vitimizando para receber atenção”.

Embora ainda não tenha sido possível voltar à rotina de trabalho, o câncer acabou levando Debora a começar uma nova atividade. Ela mantém um perfil no Instagram, o @cancercomestilo, mostrando o seu dia a dia em relação à doença. Além disso, passou a encarar sua vida de outra maneira, valorizando cada minuto, assim como Maria Elisa. “Depois que tive câncer, fiz coisas que nunca tinha pensado antes ou ficava adiando. Até pulei de paraquedas! Mas só quando fiquei bem e o médico permitiu, claro! Então, eu me sinto grata, pois enxergo as coisas de uma forma diferente” – conclui Debora.

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Referências:

1 - Returning to Work After Cancer Treatment. American Cancer Society. Disponível em: https://www.cancer.org/treatment/finding-and-paying-for-treatment/understanding-financial-and-legal-matters/working-during-and-after-treatment/returning-to-work-after-cancer-treatment.html. Acesso em: dezembro/2019.
2 - Hoey NV. Returning to Work After Treatment. American Society of Clinical Oncology - ASCO. Disponível em: https://www.cancer.net/blog/2016-08/returning-work-after-cancer. Acesso em: dezembro/2019.
3 - Prepare to Return to Work After Treatment for Cancer. University Health Network - UHN. Disponível em: https://www.uhn.ca/PatientsFamilies/Health_Information/Health_Topics/Documents/Prepare_to_Return_to_Work_after_Cancer_Treatment.pdf. Acesso em: dezembro/2019.

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